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O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará, Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Saída de Bento XVI
inesperada, estratégica ou profética?
Por: Felipe Lemos

Esse assunto da renúncia de Bento XVI interessa a todo o mundo, especialmente ao cristianismo. Independente de crenças ou descrenças, o Vaticano é um dos mais poderosos e influentes estados do mundo e o único com status religião, o que lhe empresta uma peculiaridade digna de análises. 
  É muito provável que Ratzinger tenha renunciado por uma questão estratégica da Cúria Romana. As repetidas e crescentes denúncias de abusos sexuais por parte de padres e bispos têm maculado a imagem do Vaticano e isso desgastou a administração do papa alemão, cujo irmão também pode estar envolvido em denúncias. Talvez agora surja alguma estratégia diferenciada para lidar com essa permanente crise de imagem a partir de um novo líder menos comprometido com essa nefasta acusação.
  O momento pode ser de ruptura com uma determinada maneira conservadora de administrar e o início de uma fase que consiga dialogar mais ainda com outras religiões e grupos antagônicos e que frequentemente causam constrangimento ao Vaticano como os pró-homossexualismo, pró-aborto, entre outro. Para isso, nova liderança pode ser necessária. 
  Historicamente, conforme livros escritos, por exemplo, pelo jornalista inglês David Yallop, sabe-se que o Vaticano é um conjunto de interesses políticos e o papa tem de administrar esses interesses todos. É provável que Ratzinger já não seja o líder ideal para tudo isso. Ainda mais com um forte desgaste de imagem em tempos de globalização da informação e de secularização e crítica veemente aos modelos religiosos por parte das correntes pós-modernas de cosmovisão.
É bom lembrar que a Bíblia não ensina nada acerca de escolhas de papas pelo simples motivo de que nunca, nas Sagradas Escrituras, foi dito que um homem governaria a igreja de Deus nesse mundo com características como infalibilidade. O tema de escolha papal, conclave ou administração político-religiosa são invenções humanas destituídas de qualquer base bíblica. 
  A Bíblia assinala, no entanto, de acordo com Apocalipse 13, que um poder político e religioso se levantaria nos tempos finais desse mundo para fazer oposição final contra os fiéis a Deus enquanto guardadores dos mandamentos e do testemunho de Jesus. Ainda de acordo com a inspiração profética de Daniel, nesse perfil só se encaixa o Vaticano como herdeiro da tradição pagã-pseudocristã do Império Romano desmontado oficialmente em 476 d.C. 
  Esse poder religioso teria força dos homens, mas não legitimidade divina para atuar. O Vaticano sofre abalos e agora perde repentinamente ou estrategicamente seu líder máximo. Mas outro será nomeado rapidamente antes mesmo que os boatos sobre sucessores consigam se avolumar. Não importa se será um italiano, um ganês, um canadense ou de qualquer outra nacionalidade, terá de se submeter a um sistema já existente e que é bastante forte. Forte o suficiente para, quem sabe, até trocar quem não estiver cumprindo com o papel exigido para a função.

Fonte: Realidade em Foco
Endereço: http://www.felipelemos.com

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